A intertextualidade é a relação que se estabelece entre dois textos quando um deles faz referência a elementos existentes no outro texto.. Esses elementos podem dizer respeito ao conteúdo, à forma, ou mesmo forma e conteúdo.
Alguns conceitos encontrados são: intertextualida temática; intertextualidade estilística; intertextualidade explícita e intertextualidade implícita.
Darei definições de alguns deles:
Intertextualidade Temática- Ela é encontrada, por exemplo em textos científicos pertencentes a uma mesma área de saber ou uma mesma corrente de pensamento, que partilham temas e se servem de conceitos teóricos.
Exemplo: nas epopeias; nos textos literários de gêneros diferentes; diversos contos de fada, etc.
Intertextualidade Estilística- É a existência de uma intertextualidade apenas de forma, como por vezes se costuma postular. E dá estilo ao texto.
Exemplo: repetir; imitar; parodiar certos estilos ou variedades linguísticas.
Intertextualidade Explícita- É quando no próprio texto, é feita menção à fonte do intertexto, isto é, quando um outro texto ou um fragmento é citado, é atribuido a outro enuciado.
Exemplo: citações, referências, menções, resumos, resenhas e traduções; em textos argumentativos.
Intertextualidade Implícita- Quando se introduz, no próprio texto, intertexto alheio, sem menção explícita da fonte. Coloca em questão, de redicularizar, argumentar em sentido contrário.
Exemplo: trechos de obras literárias, músicas populares, bordões de propaganda
humorísticos, provérbios, frases feitas, ditos populares, etc.
Em sala de aula fizemos uma análise de uma crônica chamada "As mil e uma noites" de Rubens Alves e busquei alguns pontos:
Rubens Alves
O retorno e Terno.....
Estou me entregando ao prazer ocioso de reler "As mil e uma noites." O encantamento começa com o título que, nas palavras de Jorge Luis Borges, é um dos mais belos do mundo. Segundo ler, a sua beleza particular se deve ao fato de que a palavra mil é, para nós, quase sinônimo de infinito. "Falar em mil noites é falar em infinitas noites. E dizer mil uma noites é acrescentar uma do infinito."
As mil e uma noites são a estória de um amor - um amor que não acaba nunca. Não existe ali lugar para os versos imortais do Vinícius (tão belos que o próprio Diabo citou em sua polêmica com o Criador): "Que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure
De fato quando existe amor, mesmo passando por processo de frieza quando há amor, existe sempre uma chance de recomeçar e lutar por esse sentimento para isso deve ser regado todos os dias.
E Xerazade se casa com o sultão. Realizados os atos de amor físico que acontecem nas noites de núpcias,
quando o fogo dao amor carnal já se esgotara no corpo do esposo, quando
só restava esperar o raiar do dia para que a jovem fosse sacrificada,
ela começa a falar. Conta estórias. Suas
palavras penetram os ouvidos vaginais do sultão. Suavemente, como
música. O ouvido é feminino, vazio que se permite ser penetrado.
A chama se apaga tão logo o corpo se tenha esvaziado do seu fogo.
O seu triste destino é ser decapitado pela madrugada: não é eterno,
posto que é chama. E então, quando as chamas dos corpos já se haviam
apagado, Xerazade sopra suavemente. Fala. Erotiza os vazios adormecidos do sultão.
E ela lhe parece bela, como nenhuma
outra. Porque uma pessoa é bela, não pela beleza dela, mas pela beleza
nossa que se reflete nela......
O amor vive neste sutil fio de conversação, balançando-se entre a boca e o ouvido. A
Sônia Braga, ao final do documentário de celebraçãodos 60 anos do Tom
Jobim, disse que Tom era o homem que toda mulher gostaria de ter.
Nesses trechos retirado da crônica, encontram-se os conceitos que foi apresentado logo no inicio, quais são eles:
Intertextualidade Temática
Intertextualidade Temática
Intertextualidade Estilística
Intertextualidade Explícita
Intertextualidade Explícita
Intertextualidade Implícita.
Tailane Vieira da Silva
Tailane Vieira da Silva
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