Musicas para relaxar =)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Intertextualidade


A intertextualidade é a relação que se estabelece entre dois textos quando um deles faz referência a elementos existentes no outro texto.. Esses elementos podem dizer respeito ao conteúdo, à forma, ou mesmo forma e conteúdo.
Alguns conceitos encontrados são: intertextualida temática; intertextualidade estilística; intertextualidade explícita e intertextualidade implícita. 
Darei definições de alguns deles:

Intertextualidade Temática- Ela é encontrada, por exemplo em textos científicos pertencentes a uma mesma área de saber ou uma mesma corrente de pensamento, que partilham temas e se servem de conceitos teóricos.

Exemplo: nas epopeias; nos textos literários de gêneros diferentes; diversos contos de fada, etc.
  
Intertextualidade Estilística- É a existência  de uma intertextualidade apenas de forma, como por vezes se costuma postular. E dá estilo ao texto.

Exemplo:  repetir; imitar; parodiar certos estilos ou variedades linguísticas.

Intertextualidade Explícita- É quando no próprio texto, é feita menção à fonte do intertexto, isto é, quando um outro texto ou um fragmento é citado, é atribuido a outro enuciado.

Exemplo: citações, referências, menções, resumos, resenhas e traduções; em textos argumentativos.

Intertextualidade Implícita-  Quando se introduz, no próprio texto, intertexto alheio, sem menção explícita da fonte. Coloca em questão, de redicularizar, argumentar em sentido contrário.

Exemplo: trechos de obras literárias, músicas populares, bordões de propaganda humorísticos, provérbios, frases feitas, ditos populares, etc.

Em sala de aula fizemos uma análise de uma crônica chamada "As mil e uma noites" de Rubens Alves e busquei alguns pontos:

            As mil e uma noites
                 Rubens Alves
            O retorno  e Terno.....

Estou me entregando ao prazer ocioso de reler "As mil e uma noites."  O encantamento começa com o título que, nas palavras de Jorge Luis Borges, é um dos mais belos do mundo. Segundo  ler, a sua beleza particular se deve ao fato de que a palavra mil é, para nós, quase sinônimo de infinito. "Falar em mil noites é falar em infinitas noites. E dizer mil uma noites é acrescentar uma do infinito."

As mil e uma noites são a estória de um amor - um amor que não acaba nunca. Não existe ali lugar para os versos imortais do Vinícius (tão belos que o próprio Diabo citou em sua polêmica com  o Criador): "Que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure
De fato quando existe amor, mesmo passando por processo de frieza quando há amor, existe sempre uma chance de recomeçar e lutar por esse sentimento para isso deve ser regado todos os dias.
E Xerazade se casa  com o sultão. Realizados os atos de amor físico que acontecem nas noites de núpcias, quando o fogo dao amor carnal já se esgotara no corpo do esposo, quando só restava esperar o raiar do dia para que a jovem fosse sacrificada, ela começa a falar. Conta estórias. Suas palavras penetram os ouvidos vaginais do sultão. Suavemente, como música. O ouvido é feminino, vazio que se permite ser penetrado

A chama se apaga tão logo o corpo se tenha esvaziado do seu fogo. 
O seu triste destino é ser decapitado pela madrugada: não é eterno, posto que é chama. E então, quando as chamas dos corpos já se haviam apagado, Xerazade sopra suavemente. Fala. Erotiza os vazios adormecidos do sultão. 
E ela lhe parece bela, como nenhuma outra. Porque uma pessoa é bela, não pela beleza dela, mas pela beleza nossa que se reflete nela...... 
O amor vive neste sutil fio de conversação, balançando-se entre a boca e o ouvido. A Sônia Braga, ao final do documentário de celebraçãodos 60 anos do Tom Jobim, disse que Tom era o homem que toda mulher gostaria de ter.  

Nesses trechos retirado da crônica, encontram-se os conceitos que foi apresentado logo no inicio, quais são eles: 
Intertextualidade Temática
Intertextualidade Estilística
Intertextualidade Explícita 
Intertextualidade Implícita.

Tailane Vieira da Silva
Ethos

O Ethos feminino em propagandas de Cerveja

A mulher passa a fazer parte dos anúncios publicitários de cerveja, principalmente, 
a partir da década de 90 do século XX, apesar de já ser possível encontrar 
a imagem feminina nessas propagandas no século XIX em jornais paulistanos. 
A associação da mulher às propagandas de cerveja ocorre, 
principalmente, pelo fato de estas últimas parecem estar dirigidas
atualmente para o público masculino, para o qual a mulher
deve ser apresentada.
Nas propagandas de cerveja aqui analisadas (Sol, Kaiser) 
as mulheres não falam sobre si, mas são apresentadas a partir 
da ligação de seu corpo com a própria cerveja. Há, então uma 
construção indireta do ethos que, neste caso, se situa
muito mais no nível do mostrado
o qual, conforme Maingueneau (2005) baseia-se em pistas que 
levam a construção 
de uma dada imagem do enunciador. Nas referidas propagandas a mulher 
é representada através de uma voz que não se mostra explicitamente
(a voz do publicitário ou da empresa de publicidade), sendo interessante 
para esta voz apresentar o ponto de vista mercadológico que 
favorece a comercialização da bebida alcoólica.

 
Figura 1. Propaganda da
Cerveja Kaiser.
 
Figura 2
Propaganda da Cerveja Sol.

Tailane Vieira da Silva